Alagoanos recrutados para trabalhar em colheita na BA denunciam trabalho escravo

O Ministério Público do Trabalho (MPT-BA) recebeu uma denúncia de 38 alagoanos que que foram recrutados para trabalhar em uma colheita de Café em uma fazenda de Caraíva, distrito de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia, em situação alusiva ao trabalho escravo.

Os homens relataram terem sido abandonados pelo recrutador do serviço sem dinheiro na rodoviária de Itabela, cidade também no sul do estado. Segundo o MPT-BA, os trabalhadores são da cidade de Murici, Zona da Mata alagoana e  à Bahia na última quarta-feira (16).

O proprietário da fazenda  teria prometido alojamento, material de trabalho, alimentação e remuneração diária de até R$ 100. Mas quando chegaram ao local se depararam com condições de alojamento péssimas, em uma casa sem banheiro.Além de ter que pagar pela água, comida e dormitório e eram ameaçados por homens armados.

O grupo também denunciou falta de fornecimento de equipamentos de proteção. O proprietário da fazenda, que não teve identidade divulgada, ainda não foi localizado para prestar esclarecimentos, informou o MPT.

O MPT informou que uma auditora do órgão e uma procuradora foram até a rodoviária, conversaram com os trabalhadores e os encaminharam para uma pousada, onde permanecem hospedados. Ainda conforme o órgão, o valor da hospedagem é pago com recursos do MTE e a alimentação dos trabalhadores está sendo arcada pela prefeitura de Itabela.

O MPT informou que, agora, aguarda a liberação do seguro-desemprego dos trabalhadores, para que eles possam retornar para casa. O órgão afirmou, ainda, que está investigando a situação e vai analisar as condições de contrato firmadas com os trabalhadores para saber se ficou realmente configurado situação análoga à de escravidão.

Fonte G1

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