Alagoano aposta em livro digital e alcança 10 mil e-books vendidos no mês de lançamento

Os mercados caminham juntos com o avanço da tecnologia. No setor editorial esta tendência se confirma. A oferta de livros digitais tem aquecido o faturamento das editoras. Para os autores, os formatos de livros digitais, também conhecido como e-books, aparecem como uma alternativa para fugir dos altos preços de impressão dos livros físicos.

Foi esta a solução encontrada pelo matemático Thiago Dantas, quando pensou em lançar o seu primeiro livro destinado a educadores. Publicado pela editora carioca, Abrindo Página, o livro “Educação Matemática” já vendeu mais de 10 mil exemplares em seu formato digital. Ele ainda não chegou às livrarias no formato físico, mas a precisão é que chegue ainda este mês.

Para o matemático, formado pela Ufal, o valor do livro no formato digital faz com que a publicação chegue mais fácil nas mãos das pessoas. “Para nós autores ver uma publicação decolar é muito gratificante. A gente faz para ser lido. Se a tecnologia está aí para fazer com que isso aconteça, então vamos usar”, disse Thiago Dantas.

No Brasil, a venda de livros digitais ainda ocupa um percentual pequeno no faturamento das editoras. Cerca de 6,89% do mercado, de acordo com o estudo mais respeitado do setor, a edição 2017 do Global eBook elaborado pelo consultor austríaco Rüdiger Winschenbart, com a contribuição de especialistas de todo o mundo.

Este percentual pequeno representa milhões de reais a mais para as editoras e, segundo pesquisadores, o mercado terá crescimento de cerca de 20% ao ano. Um mapeamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) vai revelar, pela primeira vez, o tamanho do mercado de livros digitais no país usando método científico.

O Global eBook também comparou o tamanho das redes de lojas que vendem este tipo de produto. Segundo o estudo, a Amazon tem 55% nas vendas de eBooks, seguida do Google com 18%, Apple com 13%, Saraiva com 8% e Kobo com 5%. A margem de erro para essa pesquisa é de 5%, considerada grande, mas que dá uma dimensão do tamanho da participação dessas empresas neste mercado.

Livro ‘Educação Matemática’ defende que ensino da disciplina tem que ser criativo.
A publicação tem o objetivo de apresentar formas eficientes de ensinar matemática a partir da análise das principais deficiências encontradas no processo de ensino aprendizagem da disciplina. Também é uma forma de discutir uma nova perspectiva sobre a educação matemática e aplicação de métodos práticos e criativos, que incluam questões do dia a dia nas aulas.

Uma análise do Portal Brasil aponta que entre os anos de 2009 e 2014, as disciplinas de matemática, química e física tiveram as piores taxas de acerto entre os candidatos que fizeram Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em relação à matemática, os conteúdos que os alunos mais erraram foram sistema de equações, funções do segundo grau e escala.

Resultados recentes de pesquisas feitas pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) mostram que alunos dos ensinos fundamental e médio têm dificuldade com exercícios básicos que envolvam as quatro operações: soma, subtração, multiplicação e divisão.

Muitos alunos já se perguntam quando é que vão usar todas aquelas fórmulas gigantescas e complexas na vida. Se você não é matemático, economista ou contador é provável que realmente não vá precisar, mas certamente terá que dividir o saldo de uma aposta entre amigos que ganharam na loteria; somar os gastos do mês e relacionar com o valor do salário para não se descontrolar financeiramente; decidir se faz um consórcio ou um financiamento e em qual deles a vantagem é melhor.

Segundo o autor, o ensino da matemática pode ser prazeroso, atrativo e instigante. Só é preciso mostrar para os alunos, das mais diversas fases da vida escolar, que não se pode ficar preso nos obstáculos criados por um processo desatualizado de ensino aprendizagem, mas reinventar os métodos e fazer uso, também, das tecnologias para tornar a matemática mais presente na vida todos.

por Assessoria

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