3º Tribunal do Júri inicia julgamento de acusados do caso Franciellen

O 3º Tribunal do Júri de Maceió iniciou, na manhã desta quarta-feira (23), o julgamento dos réus envolvidos na morte da jovem Franciellen Araújo Rocha, ocorrida em fevereiro de 2013. A expectativa do juiz Geraldo Cavalcante Amorim é que a sessão seja finalizada ainda hoje.

“Se tudo transcorrer normalmente, pretendo terminar o interrogatório das seis testemunhas e dos cinco réus até as 14h. Aí faremos uma parada para o almoço e retornaremos por volta das 15h para iniciarmos os debates entre acusação e defesa. A intenção, então, é terminar hoje, nem que seja de madrugada”.

Os réus Vanessa Ingrid da Luz Souza, Thiago Handerson Oliveira Santos, Saulo José Pacheco de Araújo e Victor Uchôa Cavalcanti são acusados de torturar e queimar a vítima, levando-a à morte. A outra ré do processo, Nayara da Silva, é acusada apenas do crime de tortura.

“Vamos lutar para que sejam todos condenados dentro dos crimes que lhes foram atribuídos. Os que tiveram participação no homicídio podem pegar mais de 20 anos. No caso da ré acusada de tortura, a condenação pode chegar a 8 anos”, explicou o promotor de Justiça José Antônio Malta Marques.

O caso

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP/AL), Franciellen Araújo Rocha, de 18 anos, foi convidada para uma festa em um apartamento no bairro Cruz das Almas, em Maceió. No local, ela foi torturada em uma sessão de espancamento que durou horas. A vítima, ainda segundo o MP/AL, teve os cabelos cortados e as sobrancelhas raspadas.

Após a tortura e ainda com vida, Franciellen foi levada em um carro para uma localidade deserta nos arredores do bairro da Serraria, onde teve o corpo queimado, vindo a falecer.

O crime teria sido planejado por Vanessa Ingrid, que estaria com ciúme do suposto envolvimento da vítima com seu namorado.

Defesas

O advogado Leonardo Ribeiro, que defende a ré Vanessa Ingrid, negou o envolvimento dela no homicídio. “Ela teve participação na tortura, mas não no assassinato”, afirmou

O defensor público Arthur Loureiro, defendendo Victor Uchôa Cavalcanti, e o advogado Leonardo de Moraes, que defende Saulo José Pacheco de Araújo, sustentam que os réus não participaram do homicídio, nem do espancamento.

O defensor público Ryldson Martins alegou que o réu Thiago Handerson Oliveira Santos foi manipulado por Vanessa Ingrid. “Eles eram bem próximos e ela se valia dessa situação para determinar que o Thiago fizesse certas ações. Como moeda de troca dava a ele drogas”.

Já o defensor público Marcelo Barbosa Arantes atua em defesa de Nayara da Silva. “Ela esteve no apartamento junto com as demais pessoas e, naquele ambiente, foi ameaçada e forçada pela Vanessa a participar dos atos de agressão”, afirmou.

Ascom – 23/05/2018

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo