Sindicato dos jornalistas repudia comentário de William Waack

A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial de São Paulo (Cojira-SP) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo divulgaram nesta quinta-feira uma nota conjunta repudiando os comentários de William Waack divulgados em vídeo que circula nas redes sociais desde a tarde de quarta e que provocaram o afastamento do apresentador do Jornal da Globo, revela o MSN.

“É papel dos jornalistas prezar pela diversidade e respeito à igualdade racial e os comentários feitos são incompatíveis com a continuidade do jornalista no exercício das suas funções atuais na emissora”, diz a nota. “Dessa forma, apoiamos o afastamento definitivo do apresentador, uma vez que reivindicamos a eliminação de todas as formas de manifestação e/ou representação de racismo e qualquer outro tipo de discriminação e intolerância.”

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) também divulgou uma nota de repúdio, afirmando que “de maneira ultrajante e entre risos, o jornalista atribui má-conduta a uma pessoa negra, buscando falsa justificativa na negritude”. O texto também aponta que Waack atentou contra leis e normas, entre elas a Constituição Federal e o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.

No clipe divulgado, feito minutos antes de o jornalista entrar no ar para tratar das eleições americanas, no ano passado, Waack diz: “Tá buzinando por que, seu m… do c…?”, ao reclamar de uma buzina que soa na rua. Em seguida, ele balbucia: “Você é um, não vou nem falar, eu sei quem é…” E depois continua com um trecho em que parece dizer: “É preto, é coisa de preto”.

Em comunicado, a Globo anunciou o afastamento do jornalista, afirmando que a emissora é “visceralmente contra o racismo” e que Waack diz não se lembrar do que disse no vídeo, mas que pede desculpas. O canal também afirma que iria iniciar conversas com o jornalista para decidir “como se desenrolarão os próximos passos”.

09/11/2017

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